vamos supor que sim

Que posso eu, desconhecido e estranho, levar como oferenda nesta visita inesperada?
Quem sou eu pra invadir privacidades escondidas, fechadas, envoltas nas sombras dos seus quês desconhecidos?
Aquilo que eu sei só pode ser a certeza de mim?
Talvez não.
Aquilo que eu sinto é que tu és outra expressão de Mim!
Não faz sentido, pois não?
Como podes ser uma expressão de mim, se não te conheço, nem nada sei da tua pessoa?...
Vamos supor que sim.
Então, não vou deixar que me confundas com a tua dôr, com a tua tristeza tão louca! Ambos sabemos que ninguém, nem coisa alguma, tem o direito de roubar-te a alegria de viver. Nenhum motivo, nenhum homem, nenhuma mulher, nenhum dia ou pedaço de jornal!...
Tu és um poço de energia, uma fonte de Luz. Ninguém conseguirá roubar-te a luz, somente um pouco de energia. Isso é possível. É, com certeza, a realidade. Quanto menos energia, mais tristeza, mais angústia.
Até ao dia em que a Vida te ajude a despertar. Então, tudo ficará claro para além dos teus sentidos. A tua razão de Ser só Tu a conheces por inteiro.
E só Tu és dona de Ti!